A
toxina botulínica tipo A é um complexo protéico purificado, de origem
biológica, obtido a partir da bactéria Clostridium botulinum. O Clostridium
botulinum é uma bactéria anaeróbia, que em condições apropriadas à sua
reprodução (10°C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete
sorotipos diferentes de toxina – conhecidos como A, B, C1, D, E, F e G. Dentre
esses, o sorotipo A é o reconhecido cientificamente como o mais potente e o que
proporciona maior duração de efeito terapêutico.
Para
fins unicamente médicos, é utilizada uma forma injetável da toxina botulínica
purificada. Quando aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de
acetilcolina (neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do
cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para
contrair.
Desta
forma, a toxina botulínica interfere seletivamente na capacidade de contração
da musculatura e, por isso, as linhas de expressão são suavizadas. Em muitos
casos, uma semana após a aplicação elas ficam praticamente invisíveis e os
efeitos duram de quatro a seis meses. Após este período, ela pode ser aplicada
novamente.
A
toxina botulínica é também utilizada para tratamento em crianças com problemas
musculares. Esta toxina permite, que depois de aplicada na zona em causa (ex:
pernas), a criança tenha mais flexibilidade muscular.
A
toxina botulínica é um veneno natural 40 milhões de vezes mais poderoso que o
cianureto. A dosagem aplicada para fins terapêuticos e estéticos é muito
pequena e incapaz de desencadear as reações do envenenamento alimentar do
botulismo. Contudo, a agência Food and Drug Administration (FDA) emitiu um
alerta para o uso do medicamento após a ocorrência alguns casos de efeitos
colaterais severos registrados em pacientes após o uso do fármaco.
Fonte:
Wikipédia
Saúde alerta para alimento contaminado por
toxina botulínica
A
Secretaria da Saúde alerta para risco de botulismo no Estado. Nesta terça-feira
(01) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária informou a ocorrência de casos
da doença na Finlândia, decorrentes do consumo de azeitonas de procedência da
marca italiana Bio Gaudiano.
De
acordo com a Anvisa, neste ano e no ano passado também houve registro de
importação para o Brasil de azeitonas da marca italiana Bio Gaudiano. Elas
foram distribuídas nos Estados de Goiás, Espírito Santo, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo e Paraná.
BOTULISMO:
O botulismo é uma doença grave causada pela ingestão da toxina botulínica
presente em alimentos embutidos e enlatados produzidos em condições sanitárias
precárias, o que permite a contaminação pela bactéria Clostridium botulinum. Os
principais sintomas são náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, cefaleia,
vertigem, tontura, paralisia, visão turva, visão dupla, dificuldade
respiratória e insuficiência respiratória, podendo evoluir para a morte. Elas
podem ocorrer entre 12 horas e 10 dias após a ingestão do alimento contaminado.
O tratamento ocorre em regime hospitalar com soro específico.
Poderosos
venenos podem causar graves danos aos nervos e músculos. São conhecidos e
classificados três tipos de botulismo, que variam de acordo com sua origem. O
botulismo alimentar, como o próprio nome diz, é o resultado da ingestão de
alimentos contaminados. O botulismo de feridas decorre de toxina produzida na
ferida infectada pela Clostridium botulinum. E o botulismo infantil também
decorre da ingestão de alimentos contaminados e atinge o lactente. Os três
tipos são perigosos e devem ser tratados com emergência; a demora em procurar
ajuda médica pode causar a morte.
Os
primeiros sintomas aparecem de forma súbita; em geral, de 18 a 36 horas após a
entrada da toxina no corpo. Em alguns casos os sintomas aparecem antes, isso
depende da quantidade de toxina que atingiu o organismo. Basicamente, quanto
mais toxina, mais rápida a manifestação. Os sintomas mais frequentes envolvem
visão turva, pálpebras caídas, fala confusa, dificuldade de ingerir alimentos,
boca muito seca e fragilidade muscular. As crianças parecem apáticas, não têm
apetite, ficam constipadas, têm a tonicidade muscular enfraquecida e perdem o
fôlego até para chorar. Na ausência de tratamento esses sintomas progridem, e
podem causar paralisia de membros superiores, inferiores e no tronco, além dos
músculos respiratórios. O diagnóstico, muitas vezes, é sugerido apenas
observando-se o histórico e um exame físico do paciente. Porém, esses sinais
não são suficientes, o ideal é que o médico peça uma bateria de exames, já que
os sintomas podem ser confundidos com uma série de outras doenças. O
recomendado é que se faça uma tomografia do cérebro, exame do fluido espinhal,
teste da condutividade dos nervos e teste do Tensilon. Outra forma de
diagnóstico possível é isolar a bactéria das fezes de pacientes com botulismo
alimentar ou infantil.
O
tratamento consiste em manter as funções vitais do paciente e do uso de soro
antibotulínico. Esse soro vai impedir que a toxina se instale no sistema
nervoso. A recuperação é lenta, e não existem remédios ou soro para eliminar a
toxina. Nos casos mais graves de botulismo, a insuficiência respiratória e
paralisia podem pedir que o paciente receba respiração artificial por vários
dias seguidos, além de cuidados médicos constantes. A boa notícia é que, nos
último 50 anos, o número de pacientes fatais diminuiu significativamente. O
grande e sério risco do botulismo continua sendo o comprometimento
respiratório.
A
mais importante medida preventiva é a vacinação dos animais. A prevenção em
casa vem de cuidados simples com os alimentos. A bactéria é extremamente
resistente, mas suas toxinas são destruídas imediatamente pelo calor, ou seja,
cozinhar o alimento a pelo menos 80 °C durante, no mínimo, 30 minutos, mata
essas bactérias e previne o botulismo alimentar. O armazenamento dos alimentos
também requer alguns cuidados. Qualquer lata com sinal de deterioração,
infladas ou com vazamentos, deve ser descartada. Todo alimento que possa estar
contaminado deve ser jogado fora imediatamente. Outra dica é lavar muito bem
mãos e qualquer outra parte do corpo que teve contato com esses alimentos.
Visto que quantidades mínimas de uma toxina que consegue introduzir-se no
organismo por ingestão, inalação ou absorção pelo olho podem causar uma doença
grave.
O
segredo é tomar os cuidados necessários e, ao surgirem os sintomas, procurar
(com máxima rapidez) ajuda médica; assim vai ser fácil manter o botulismo longe
de você e da sua família!
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