segunda-feira, 2 de abril de 2012

Práticas Agrícolas






Terraceamento é uma técnica agrícola utilizada em terrenos muito inclinados, desenvolvida ao longo das curvas de nível. Comuns em algumas regiões do sul da Ásia, consiste na construção de estreitos terraços nivelados, normalmente irrigados por água de uma nascente na encosta . Demandam muita mão de obra e aceitam pouca mecanização, sendo utilizados principalmente na produção de arroz.

O terraceamento é uma prática mecânica de conservação do solo destinada ao controle da erosão hídrica, das mais difundidas e utilizadas pelos agricultores (Figura 1). O terraceamento teve inicio no Estado de São Paulo, em meados da década de trinta. A grande difusão desta prática ocorreu quando o Departamento de Engenharia Mecânica da Agricultura (DEMA) e, posteriormente, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), nos anos 1950 a 1980, planejaram, marcaram e orientaram a construção de milhares de quilômetros de terraços com a finalidade de defender as terras cultivadas dos efeitos da erosão (Bellinazzi Júnior et al., 1980).
 Nem todos os solos e declives podem ser terraceados com êxito. Nos pedregosos ou muito rasos, com subsolo adensado, é muito dispendioso e difícil manter um sistema de terraceamento. As dificuldades de construção e manutenção aumentam à medida que cresce a declividade do terreno. O uso do terraceamento é recomendado para declives superiores a 3%, comprimentos de rampa maiores que 100 metros e topografia regular.

O terraceamento, quando bem planejado e bem construído, reduz as perdas de solo e água pela erosão e previne a formação de sulcos e grotas, sendo mais eficiente e menos oneroso quando usado em combinação com outras práticas, como o plantio em contorno, cobertura morta e culturas em faixas; após vários anos, seu efeito se pode notar nas melhores produções das culturas, devido à conservação do solo e da água.
 Terraceamento em fazenda brasileira



Agricultura irrigada

A agricultura irrigada possui um conjunto de técnicas e equipamentos, programados e operados de maneira racional, para alcançar seu objetivo que é o de irrigar as plantas, proporcionando uma boa produtividade. Uma boa irrigação é feita quando essa molha todo o solo (região em torno da planta), possibilitando que a água chegue até a região onde se encontram as raízes, não irrigando apenas a superfície, como feito em muitos casos.

Quando irrigar

A irrigação é um instrumento indispensável para o sucesso da agricultura, e deve ser realizada sempre que a planta necessitar, respeitando o fato de que cada espécie de planta deve ser irrigada com uma quantidade específica de água.

- Irrigação obrigatória: quando essa é a única fonte de água que a planta possui, por exemplo, plantas cultivadas em estufas.

- Irrigação suplementar: quando essa corrige e auxilia na irregular distribuição de chuvas. A irregularidade na distribuição de água compromete o metabolismo da planta, prejudicando o seu desenvolvimento e sua produção.

Quanto irrigar

A quantidade ideal é quando a água reposta pela irrigação fica armazenada em uma profundidade onde é aproveitada pelas raízes das plantas. No caso da água ultrapassar, ou ficar muito abaixo da capacidade de retenção de água do solo, haverá duas possibilidades:



– Excesso de água: se a quantidade de água contida no solo for maior ou igual a capacidade de campo (quantidade máxima de água que o solo pode reter) do mesmo, o solo perderá consideravelmente sua capacidade de concentrar oxigênio. Com isso a planta não conseguirá retirar do solo os nutrientes de que necessita e não irá realizar o processo de fotossíntese, uma vez que precisa de oxigênio para executar tais funções. Resultado final: a planta começará a murchar. Também ocorrerá o fenômeno de escorrimento superficial, que nada mais é do que o movimento da água na superfície do terreno, sempre a procura de uma declividade (córregos ou rios), esse fenômeno é responsável pelo surgimento da erosão.

– Deficiência de água: é o caso mais crítico, a planta não terá a água de que necessita. Com isso ela também não absorverá os nutrientes para o seu desenvolvimento, e nem realizará o processo de fotossíntese. Como conseqüência a planta começará a murchar.

 irrigação por gotejamento - um dos métodos mais econômicos



Plantio direto

O plantio direto é uma técnica de cultivo conservacionista na qual procura-se manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais. Essa cobertura tem por finalidade protegê-lo do impacto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica. Existem diversos sinônimos ou termos equivalentes para plantio direto: plantio direto na palha, cultivo zero, sem preparo ("no-tillage"), cultivo reduzido, entre outros. Efetivamente, poderia considerar-se o plantio direto como um cultivo mínimo, visto que o preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura, procedendo-se à semeadura, à adubação e, eventualmente, à aplicação de herbicidas em uma única operação.

O plantio direto, definido como o processo de semeadura em solo não revolvido, no qual a semente é colocada em sulcos ou covas, com largura e profundidade suficientes para a adequada cobertura e contato das sementes com a terra, é hoje entendido como um sistema com os seguintes fundamentos, que interagem:

    Eliminação/redução das operações de preparo do solo. Como resultado, evita o selamento superficial, decorrente do impacto das gotas de chuva; consequentemente, reduz o escorrimento superficial e aumenta a infiltração, reduzindo drasticamente a erosão. Há maior manutenção da estabilidade de agregados, melhorando a estrutura do solo, evitando compactação subsuperficial. Reduz as perdas de água por evaporação, aumentando a disponibilidade de água para as plantas, a atividade biológica do solo e a manutenção da matéria orgânica do solo.
    Uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas. O uso de herbicidas dessecantes significa substituir a energia mecânica do preparo do solo pela energia química(herbicida). É fundamental o uso de métodos integrados de controle de plantas daninhas, como o uso de culturas de cobertura, rotação de culturas e herbicidas específicos.
   
 Formação e manutenção da cobertura morta. Fornece proteção contra o impacto das gotas de chuva, reduzindo o escorrimento superficial, o transporte de sedimentos e, consequentemente, a erosão. Atua ainda na proteção do solo contra o efeito dos raios solares, reduzindo a evaporação, a temperatura do solo e a amplitude térmica do solo, e contra a ação de ventos. Com a sua decomposição, incorpora matéria orgânica ao solo, necessária a uma maior e mais rica atividade microbiana, o que permite maior reciclagem de nutrientes. Além disso, auxilia no controle de plantas daninhas, pela supressão ou efeito alelopático.

 Se quiser saber também sobre a agricultura familiar, tem essa cartilha bem interessante.

 Assista ao vídeo e se prepare para o vestibular
Vídeo do Vestibulando digital

 Fonte: Youtube, wikipedia, google, google imagens.

2 comentários:

Caríssimo,
Parabéns pelo blog.
Também sou professor e gostaria que você me desse algumas dicas de como tornar meu blogspot mais atraente(com os efeitos e estrutura que o sue possui. Você pode me ajudar?

Ok...Jean, vou te enviar e-mail...:)