Há algum tempo atrás, era à mulher que competia tomar conta dos filhos e acompanhá-los durante a sua vida, enquanto que ao homem cabia o sustento da família. Contudo, com o decorrer dos tempos esses costumes foram-se perdendo e novos valores foram introduzidos. A mulher, por seu turno assume um papel mais ativo no mundo laboral, deixando muitas vezes para segundo plano a família. Consequentemente, os filhos passam mais tempo sem a presença dos pais e diante da televisão. Assim, podemos afirmar, que à TV incumbido o papel de “ama-eletrônica”. A “TV é um dos principais condicionadores à rotina das nossas crianças bem como dos seus familiares, relegando para segundo plano o convívio entre este entes”.
Assim, de uma forma sucinta, se
percebe que a televisão, enquanto meio de comunicação exerce grande influência
na nossa vida, quer seja como forma de lazer, quer seja pela atualização dos fatos
ocorridos durante o nosso quotidiano.
A televisão modela a criança
desde o início da vida. Ela cativa o espírito de forma total, já que nenhuma
experiência direta consegue contrariar os seus efeitos, limitados unicamente
pela intervenção dos adultos.
Os desenhos animados exercem
sobre as crianças uma ação de captura, sedução e condicionamento, de tal ordem
que, ao vê-los, se comparam às necessidades fundamentais, como alimentar-se e
descontrair-se.
As crianças passam cada vez mais
tempo em frente à televisão, não só devido ao fato desta oferecer-lhes
programas que muito apreciam, mas também por culpa dos pais que não incentivam
os filhos para outras atividades. O resultado pode ser um tanto ou quanto
alarmante, como, por exemplo, pode atrasar o desenvolvimento físico-motor das
crianças.
A criança experimenta desde muito
cedo estados de fascínio, expectativa, excitação, inibição, entorpecimento e,
às vezes, medo, os quais se tornam modos quotidianos de reação. Estes estados
fazem parte da sua relação com o mundo, uma vez que a televisão constitui uma
boa parte do seu universo existencial. É através do contato com a televisão que
as crianças começam a percepcionar o mundo que as rodeia. Tudo isto se reflete
na formação da sua personalidade, uma personalidade despojada de capacidade de
escolha e de iniciativa, tornando-se por isso pouco ativa.
“a criança tem que encontrar
sentido para distintas formas da realidade”;
a criança tende a considerar tudo
o que vê na televisão - filmes, desenhos animados, fotografias, fantasias ou notícias
- como reais. A realidade é o pano de fundo sobre o qual se destaca a fantasia.
(PILLAR, 2001, p. 14)
Os desenhos animados, além da
função de entretenimento e lazer, têm também a função mítica e fabuladora
característica das obras de ficção. Os desenhos, ao mesmo tempo, que podem
servir à consciência, servem à alienação, tanto pode levar ao conhecimento como
a escamoteação da realidade; tanto é criativa como também paralisadora.
Os Simpsons no Brasil
O gênero desse desenho pode ser
identificado com a comédia mostrando situações em que a ignorância e o aspecto
grotesco do personagem principal, Homer, sobressaem em várias situações em que
está implícita a crítica social. A estrutura narrativa desse desenho mistura
elementos de ficção e realidade. A “ficção” faz parte dos momentos de comédia
ou dos momentos de tensão/clímax do desenho. Como exemplo citamos um episódio
em que o pai de Homer na volta de uma viagem reclama que deseja ir ao banheiro.
O filho não o atende, segue adiante e todos os cenários que aparecem na estrada
(privadas gigantes, banheiros e placas indicando áreas de lazer com banheiros
maravilhosos) reforçam e aumentam o drama do pai. A ficção pode também ser identificada
com a ignorância de Homer, personagem principal da série, através do qual se
faz críticas à ignorância da classe média americana. Num dos episódios
observados, Homer frita ovos e bacon para dar de comer a uma lagosta que
resolve criar num aquário, coloca sua filha dentro do congelador, dentre outros
fatos do gênero. A sátira do desenho brinca com os elementos de ficção e
realidade enfatizando ora um, ora outro ou utilizando a combinação alternada
dos dois dependendo do impacto que deseja causar.
O desenho trata de temas como a
desonestidade, a corrupção, as aparências, as mentiras, formas de curtir a
vida, papéis de homem e mulher, jogos de azar, drogas, egoísmo, abandono dos
idosos, questões políticas, entre outros. A família Simpson e os moradores da
cidade são todos coniventes com tais situações de desonestidade, corrupção,
mentiras que aparecem como “naturais” para a maioria dos habitantes, apontando
uma sociedade em que o principal objetivo é cada um se “dar bem”.
Vídeo - Os Simpsons no Brasil
Ideologia Norte Americana
A partir da década de 40 os
desenhos animados se acentuam nos cinemas e alguns deles se apresentam na
televisão como vemos hoje. Mas é também na década de quarenta em meio a segunda
grande guerra, que eles começam a serem utilizados como esforço de guerra ou
como arma ideológica, principalmente nos Estados Unidos da América, para
convencer os americanos da importância de contribuir nos impostos de guerra ou
para um apoio maior da nação contra os nazistas e japoneses. Ademais de criar
uma relação de paz com os países latino-americanos para angariar apoio à
chamada "Democracia Norte-americana".
Materia de fácil compreensão que retrata bem a ideologia dos desenhos (clique e assista)
Tinky Winky
Alguns setores conservadores da
sociedade civil (igrejas, ativistas pró-família, associações de defesa dos pais
e filhos, antiaborto, entre outros) fizeram várias denúncias, por conta das
suspeitas das associações de Tinky Winky com a homossexualidade: Tinky Winky
possui uma bolsa vermelha (uma "bolsa mágica", na série) e um
triângulo invertido na cabeça (▼), todos de símbolos do orgulho gay.
Essas denúncias surgiram em
meados de 1998, depois que Tinky Winky foi escolhido (no Reino Unido) como uns
dos símbolos do movimento gay do final da década de 90.
Em Janeiro de 1999, o jornal
"The Washigton Post" apresentou os prováveis motivos que explicam o sucesso
do personagem Tinky Winky junto ao movimento gay: "sua cor é roxa",
"sua antena é em forma de triângulo (símbolo do orgulho gay)" e
"a sua inseparável bolsinha".
Em Fevereiro do mesmo ano, o
fundamentalista cristão e pastor evangélico, Jerry Falwell, morto em 2007,
baseado nas denúncias, acusou o personagem Tinky Winky de ser o "símbolo
gay" e alertou os pais que ele pode ser um símbolo de homossexualismo:
"É púrpura, a cor da homossexualidade, e o triângulo é um símbolo homossexual".
No mesmo mês, as organizações
religiosas da Europa e dos Estados Unidos se movimentam para retirar o
personagem Tinky Winky da série. As entidades não aceitam a presença do
personagem por considerá-lo homossexual.
No Brasil, o caso só começou a
repecurtir em 1999 (depois que a Rede Globo começou a exibir a série), mas com
a associação de GLS (que formava o triângulo e era sigla mais famosa desde
1997)
A BBC, em resposta, afirmou:
"Tinky Winky é um simples e doce bebê tecnológico com uma bolsa mágica.
Trata-se de um espetáculo para crianças". Já a produção e os atores da
série, em resposta, consideravam as acusações dos cristãos, as notícias de
jornais e internet de associações do personagem ao homossexualismo, o uso
indevido do personagem no movimento gay como "absurdas e ofensivas".
O caso voltou a torna em 2007,
quando a Provedora de Justiça da Infância, a polonesa Ewa Sowińska, demonstrou
sua preocupação com a questão e solicitou uma investigação.
fonte: bbc, wikipédia, youtube, google imagens
fonte: bbc, wikipédia, youtube, google imagens
2 comentários:
Cada coisa que acontece que a gente nem imagina....Vou pensar duas vezes agora na hora de assistir alguns desenhos.........
tudo isso é verdade!A ideologia foi usado mais durante A Guerra Fria.Um dos personagens criados pelos E.U.A que era do ALIADOS é o CAPITÃO AMERICA que representava a ideia de que os E.U.A "só atacava para se defender".Nós podemos notar que a roupa que o capitão america usa é parecido com a bandeira dos estados unidos!!!
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