domingo, 15 de abril de 2012

Filosofia





Antes do surgimento da filosofia, ciência que estuda a natureza de todas as coisas e suas relações entre si, tudo era explicado através de mitos, assim, a natureza era simplesmente considerada como algo divino. Partindo sempre do pressuposto de que “sempre existiu uma coisa”, os primeiros filósofos, insatisfeitos com as explicações mitológicas, começaram a questionar os valores comumente aceitos pela sociedade da época.

As primeiras idéias filosóficas nasceram nas colônias gregas da Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia), no final do século VII e início do século VI a.C. Entre os primeiros filósofos, podemos citar: Tales de Mileto (624 - 546 a.C.), Anaximandro (610 - 546 a.C.), Anaxímenes (585 - 528 a.C.) e Pitágoras (571 - 496 a.C.).

Os primeiros questionamentos feitos pelos filósofos se concentraram na real constituição do universo que os cercava. Essa busca pelo conhecimento racional da ordem do mundo e da natureza ficou conhecida como cosmologia, sendo, portanto, a primeira face da filosofia.

Existem duas teorias que explicam o porquê da filosofia ter nascido na Grécia. A primeira delas afirma que o aparecimento da filosofia se deu através de influências da sabedoria oriental, com a qual os gregos tiveram contato em suas viagens. A outra teoria diz que o povo grego foi tão excepcional, que foram capazes de criar a filosofia de forma espontânea e única. Na verdade, a filosofia possui grande influência da sabedoria oriental (egípcios, assírios, persas, etc.), no entanto, os gregos imprimiram mudanças de qualidade tão profundas nessas culturas, que foram apontados para alguns, como os criadores únicos da ciência.

A filosofia não começou exatamente com Sócrates, nem mesmo na Grécia propriamente dita. Como supracitado, a filosofia começou ao sul da Itália e nas regiões mais próximas do Oriente, onde havia mais tranqüilidade e prosperidade. Podemos encontrar um primeiro sinal propriamente filosófico na pergunta pioneira de Tales de Mileto, 'qual é a origem suprema, a causa última, da origem dos fatos?'. A essa pergunta, ele respondeu de uma forma não muito inteligente, dizendo que os elementos primordiais das coisas são a água, o ar, a terra e o fogo. Logo, ele via que o ar, a terra e o fogo vinham de um fator comum: a água. Então, a origem primeira do mundo e do universo seria a água. Em sua resposta, podemos ver também a presença mitológica. É sabido que a mitologia antiga venerava a água como origem das coisas. Também de Mileto, Aleximandro, que nasceu poucos anos depois de Tales, deu à sua pergunta uma reposta mais convincente. Disse que tudo o que vemos e sentimos é definido, e tudo o que é definido tem uma outra origem, foi formado de outra cousa. Ou seja, o que é determinado também tem causas anteriores. Logo, é algo indeterminado (a que ele chamou de princípio) o que deu origem ao universo. Continuava ele com o seguinte princípio, de que esse indeterminado, devido ao seu eterno movimento, se divide em dois opostos, como, por exemplo, o seco e o úmido. Os três primeiros filósofos foram de Mileto, sendo eles Tales, Aleximandro e Alexímedes. Deles, poucas cousas temos em escrito, e suas obras já não mais existem."



Na Alegoria da Caverna, o prisioneiro que é libertado e conhece o mundo do lado de fora da caverna adquire uma visão mais ampla da realidade do que seus companheiros que permaneceram presos. Porém, quando ele volta à caverna, não consegue comunicar de modo compreensível o conhecimento que adquiriu, sendo considerado ridículo, louco e até ameaçador. Sua experiência fora da caverna é considerada inútil e mesmo perigosa. Essa situação retrata a relação da Filosofia com o Senso Comum.

Como podemos pensar essa relação?
De certo modo, o primeiro ensinamento filosófico é perguntar:
O que é o útil? Para que e para quem algo é útil?
O que é o inútil? Por que e para quem algo é inútil?




O Senso Comum de nossa sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e das ações, identificando utilidade e a famosa expressão “levar vantagem em tudo”. Desse ponto de vista, a Filosofia é inteiramente inútil e defende o direito de ser inútil.

Não poderíamos, porém, definir o útil de outra maneira?
Vejamos como diversos filósofos conceberam a Filosofia:

Platão definia a Filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos.

Descartes dizia que a Filosofia é o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes.

Kant afirmou que a Filosofia é o conhecimento que a razão adquire de si mesma para saber o que pode conhecer e o que deve fazer, tendo como finalidade a felicidade humana.

Marx declarou que a Filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo para transformá-lo, transformação que traria justiça, abundância e felicidade para todos.

Merleau-Ponty escreveu que a Filosofia é um despertar para ver e mudar nosso mundo.

Espinosa afirmou que a Filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.

Qual seria, então, a utilidade da Filosofia?

Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil;
se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil;
se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil;
se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil;
se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil,
então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.



Sessão cinema
Aprenda de uma forma lúdica e divertida

Filme: O Mundo de Sofia
O Mundo de Sofia, minissérie baseada no best-seller internacional de Jostein Gaarder, que vendeu mais de 20 milhões de livros ao redor do mundo e foi traduzido para mais de 40 idiomas. Às vésperas de completar 15 anos, Sofia Amundsen recebe mensagens anônimas com perguntas intrigantes, como "quem é você?" e "de onde vem o mundo?".

A partir dessas mensagens, ela se torna aluna do misterioso Alberto Knox, que a acompanha em uma fascinante jornada pela história da Filosofia, de Sócrates até os dias de hoje, passando pela Idade Média, o Iluminismo, a Revolução Francesa e a Revolução Russa. Como o livro no qual se baseia, a minissérie O Mundo de Sofia é uma introdução inteligente e divertida à história da Filosofia, recomendada a todos que têm paixão pelo conhecimento.



Filme: Ponto de Mutação
No filme há uma conversa entre três personagens: uma cientista norueguêsa, Sonia Hoffman (interpretado por Liv Ullmann), "a única mulher no meu departamento, o primeiro na Noruega fazendo teoria quântica de campos"; um político americano e ex-candidato presidencial , Jack Edwards (interpretado por Sam Waterston); e poeta Thomas Harriman (interpretado por John Heard), um ex-redator de discursos políticos, como passear ao redor de Mont Saint Michel, França. O filme serve como uma introdução à teoria de sistemas e pensamento sistêmico, enquanto insights sobre modernas teorias físicas, tais como a mecânica quântica e física de partículas também são dadas.
 
 Fonte: Youtube, google imagens, wikipédia, blogs relacionados.

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