domingo, 10 de junho de 2012

Múltiplas inteligências


 








Para o psicólogo americano Howard Gardner, criador da teoria das habilidades múltiplas, a predisposição genética e as experiências vividas na infância podem favorecer nossos “computadores mentais”. Em sua opinião, é mais importante estimular do que medir os recursos mentais.

O ser humano tem muitos tipos de inteligência. A hipótese do psicólogo Howard Gardner, formulada em 1982, o tornou conhecido mundialmente. Passados 25  anos, ele sustenta haver, além das reconhecidas habilidades lingüística e lógico-matemática, outras seis formas de inteligência: espacial (mais presente em navegantes e engenheiros); corporal-cinestésica (desenvolvida em atletas ou dançarinos); interpessoal (representada pela capacidade de compreensão dos sentimentos do outro); intrapessoal (expressa pelo
autoconhecimento); naturalística (referente à relação da pessoa com a natureza) e musical. Professor da Universidade Harvard, Gardner é considerado um dos “demolidores” do conceito de quociente de inteligência (QI). Suas teorias, entretanto, têm pequena aceitação
entre neurobiólogos. Resenha publicada recentemente na revista Educational Psychologist menciona a insuficiência de comprovação empírica. A possibilidade de medir a inteligência pela aplicação de testes simples parece ser um critério para validação das hipóteses.
Artigo publicado em 2004 pela revista Nature Neuroscience relacionava o desenvolvimento de competências a fatores socioeconômicos e a aspectos biológicos como dimensões do cérebro, duração da memória de curto prazo, velocidade de transmissão sináptica e metabolismo neuronal. No mesmo ano foi observada correlação entre o QI de bebês e a velocidade de crescimento do córtex cerebral. Tais descobertas não parecem perturbar o prolífico Gardner, que tem sua teoria aplicada com eficácia em escolas de todo o mundo. Nesta entrevista, ele declara-se mais interessado em estimular virtudes e talentos humanos do que em medi-los.
 


OITO CRITÉRIOS PARA DEFINIR TALENTOS
  
1. Ser isolável em casos de lesão cerebral;
2. Ser desenvolvida em autistas “eruditos”, prodígios ou indivíduos excepcionais;
3. Basear-se em uma (ou mais) série de operações identificáveis;
4. Atingir níveis diversos de competência identificáveis em todo indivíduo;
5. Ter história evolutiva plausível;
6. Ser apoiada por dados da psicologia experimental;
7. Ser apoiada por provas de psicometria;
8. Ser codificável em um sistema de símbolos.
Para conhecer mais:
Five minds for the future. Howard Gardner. Harvard Business School Press, 2006.
Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Howard Gardner. Artmed, 2000.
A matemática na educação infantil – A teoria das inteligências múltiplas na prática escolar.
Kátia Smole. Artmed, 2000.

 Vídeos ilustrativos

Historia do Mauricio de Souza que ilustra muito bem as situações encontradas pelos nossos professores nas escolas.






 
Fonte: UOL, google imagens, wikipédia, youtube





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