Dentro da medicina moderna, a
trepanação consiste na abertura de um ou mais buracos no crânio, através de uma
broca neurocirúrgica.
Quando realizada de forma única,
a trepanação serve para se criar uma abertura por onde se pode drenar um
hematoma intracraniano ou se inserir um cateter cerebral.
Em uma craniotomia, várias
trepanações são feitas para se criar os vértices de um polígono ósseo que será
retirado do crânio. Com o auxílio de uma serra neurocirúrgica, uma linha
ligando cada vértice é serrada e o polígono (flap) ósseo do crânio é retirado,
liberando o neurocirurgião para abordar a massa encefálica.
Nos tempos antigos
A cultura da trepanação esteve
presente desde o tempo dos Mesolítico e há cadáveres com sinais de trepanação
em praticamente todas as antigas civilizações do mundo. Encontra-se exposto no
Museu Geológico, em Lisboa, crânios mesoliticos com sinais de trepanação e com
um pequeno sol desenhado em redor do orifico sugerindo uma prática ritual .
Tal como as sangrias, a
trepanação era um procedimento médico muito realizado, com o objetivo de
eliminar os maus espíritos e demônios do paciente, mas sem nenhum significado
terapêutico prático. A sobrevivência ao procedimento nos séculos antes da Idade
Média era de aproximadamente 70%, mas durante os séculos XIV a XVIII caiu
praticamente a zero, devido ao pouco cuidado dos realizadores de tal prática,
que acabavam perfurando as meninges do paciente e causando uma hemorragia
incontrolável. Há relatos de cirurgias desse porte no Egito e na Mesopotâmia,
nas quais o paciente (vítima) era dopado com uma bebida alcoólica e depois
tinha seu crânio aberto por um instrumento pontiagudo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
Sofrendo de ansiedade, depressão
e estresse o médico holandês Bart Huges se submeteu à trepanação com a intenção
de expandir sua consciência. Segundo ele, o estado mais alto da mente era o da
infância por que o crânio não é fechado por completo e com o crescimento, a
caixa óssea é formada impedindo a circulação correta do fluxo sanguíneo. A
partir disso algumas pessoas se submeteram ao método, inclusive na
autotrepanação. É o caso da artista britânica Amanda Felding que sofria de um
hematoma intracranial. Ela praticou a cirurgia sozinha com a utilização de uma
broca odontológica movida a pedal, perdeu um litro de sangue, mas concluiu a
cirurgia e afirma até hoje se sentir muito melhor. A prática era exercida pelos
antigos egípcios, gregos, romanos (nos tempos pré-históricos e clássicos),
pelas tribos célticas, chineses (antigos e recentes), indianos, maias, astecas,
incas, por algumas tribos indígenas brasileiras, e pelos africanos do Norte e
Equatorial (onde elas ainda são realizadas). Segundo registros dessas
civilizações, a trepanação cura enxaquecas fortes, fraturas e feridas do
crânio, osteomielite (processo de inflamação óssea), encefalite (inflamação
aguda no cérebro), pressão intracranial elevada a hematomas, tumores cerebrais,
ferimentos de guerra, epilepsia (alteração na atividade cerebral), doenças
mentais, cegueiras e principalmente para fins religiosos (como a liberação de
espíritos malignos que incorporaram o paciente).
Não faça isso em casa.............................
0 comentários:
Postar um comentário